Até o jogo com o São Paulo, o Vasco tinha a segunda melhor campanha do returno do Campeonato Brasileiro, tinha engrenado uma ótima sequência nos 8 jogos anteriores, com 6 vitórias, um empate e apenas uma derrota. O torcedor passou a sonhar e com toda razão, pois os números jogavam a favor. Como pode, em uma semana, o time ter caído tanto de rendimento? O que aconteceu com o Vasco? Tem briga interna? Salários atrasados? Qual é a explicação?
Estas e outras perguntas circulam entre nós torcedores. Cada um tem uma visão, mas buscando fatos para explicar a queda de rendimento no segundo turno, em nenhuma delas, as questões extra-campo fazem parte. Os salários estão em dia, os jogadores têm um ótimo ambiente interno com a direção e comissão técnica, não há vaidades e muito menos grupos deste ou daquele jogador, como já aconteceu em outros elencos, para dividir o elenco.
A explicação passa por um momento de declínio técnico de algumas peças, falhas individuais e entendimento dos adversários de como neutralizar a forma de jogar do time comandado pelo técnico Fernando Diniz. A opção pelos zagueiros construtores, por exemplo, aqueles que saem pelos lados do campo para iniciar a jogada, fazendo com que os laterais se adiantem no campo, vem sendo neutralizada.
São Paulo, Botafogo e Juventude souberam ler o esquema tático e a bola longa passou a ser usada contra o Vasco como forma de explorar os espaços deixados pelos zagueiros construtores, no caso Carlos Cuesta e Robert Renan. Outro ponto passa pela proteção da zaga.
O meio-campo ficou mais exposto com estas saídas pelo lado do campo e a faixa central virou um convite ao adversário. O Botafogo mandou na partida no Nilton Santos explorando esta deficiência, que parecia estar corrigida em 2025. Savarino e Tuco Corrêa comandaram a vitória por 3 a 0.
Tchê Tchê vinha tendo atuações abaixo e o treinador optou por dar mais uma chance ao volante Hugo Moura contra o Juventude. A derrota, de virada, por 3 a 1, fala muito sobre o que foi o jogo. A defesa seguiu exposta, o time não ganhou na saída de bola e ainda viu a faixa central ser ocupada pelo time gaúcho.
Então, o que fazer? O time levou 8 gols em três partidas e marcou apenas 1 gol. O técnico Fernando Diniz não terá peças importantes contra o Grêmio, dia 19, em Porto Alegre. O lateral Paulo Henrique está suspenso, e Puma, Cuesta e Andrés foram convocados para as seleções uruguaia e colombiana, respectivamente.
Quem serão os escolhidos? Mais do que peças ou nomes, a mentalidade vencedora e a alegria de sair de campo com a sensação do dever cumprido precisam voltar a acontecer no Vasco. Somente assim, o time ficará mais perto das vitórias, sem acomodação ou foco desviado, como se estivesse de olho nos confrontos da Copa do Brasil.
Afinal de contas, a semifinal só acontece nos dias 11 e 14 de dezembro, contra o Fluminense, no Maracanã. Até lá, cinco rodadas para fechar bem o Campeonato Brasileiro, com três jogos fora (Grêmio, Bahia e Atlético-MG) e dois em casa (Inter e Mirassol).
Voltar o pezinho no chão
e a jogar bola também!
Acho que perdemos a pegada e a concentração com tantos convocados, às vesperas de uma viagem para vários atletas participar de suas seleções , isto ao meu ver, desconcentrou o time.
isso pode ter contribuído também.
Pensando no que temos disponível hoje, entendo que o meio tem que ser Barros, Hugo e Coutinho. Não tem pra onde correr! No entanto, me incomoda no Vasco o fato de não ter nem a opção de mudar o esquema, sair de um 4x3x3, que em alguns jogos deixa o time vulnerável, para tentar o clássico 4x4x2, por exemplo.
exatamente, a famosa variação tática para deixar o Vasco menos previsível.